Se os substantivos bondade, amizade, compaixão e dedicação tivessem um único sinônimo seria SANDRA SARACINI. Ela recolhe e cuida de cães errantes; ela é o ombro sempre disponível para os amigos; já chegou a viajar mais de 500 quilômetros só para estar em uma escala de plantão e aceitou até deixar seu filho com a avó, longe dela, a mãe, para que eles ficassem bem. Com todos estes predicados, ela é a bombeira que faz a diferença na Unidade 10.
E como a história de muitos, o ingresso de Sandra na corporação também foi obra do acaso. “Nunca tive a pretensão de ser bombeira. Passava pelas ocorrências, mas nunca parei porque tinha noção de que atrapalharia em vez de ajudar. Sempre os vi como pessoas extraordinárias, escolhidas por Deus, uma a uma. Não imaginava que seria eu também escolhida”.
Para Sandra, o “chamado extraordinário” ocorreu por meio de um folder fixado em um ônibus, quando ela estava a caminho do Centro da cidade, com o convite para o curso de formação. ”Senti algo diferente, não era só curiosidade, queria saber mais sobre voluntários. Me inscrevi e no dia 19 de maio de 2003 fui a reunião ministrada pelo seu Ademar Stuewe.”
Pronto! Era mais uma encantada. “Quando ele começou a falar me senti tão emocionada! Ele respirava bondade e paixão pelo que fazia! Eu, que nunca sonhei em ser bombeiro quando criança, me vi sonhando aos 23 anos.“
E a conversa dessa noite ficou em sua memória como tatuagem na pele. “Quando o seu Stuewe nos perguntou por que queríamos ser bombeiros, eu descobri a razão, que espontaneamente veio mais ou menos nessas palavras: a vida que temos é o presente que Deus nos deu, o que fazemos dela é o presente que devolvemos a ele. E eu só quero retribuir. E a partir dali nunca mais fui a mesma e ganhei uma família de coração. Não imagino minha vida sem ela.”