O coordenador do Bombeiro Mirim do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caçador, Evandro Soares, e a assiste social, Luciana Lima, visitaram a corporação de Joinville, nesta sexta (30) e sábado (1/12). O propósito da viagem foi conhecer a estrutura e a metodologia do programa de iniciação à formação dos futuros bombeiros voluntários, hoje considerado o maior projeto socioeducativo, na faixa etária de 10 a 17 anos, do município.
Além de conversar com a coordenação, equipe pedagógica e líderes, eles participaram da festa de encerramento do ano letivo do programa e a Mostra Acadêmica do Projeto Polo de Produção Musical, realizados sábado, evento que reuniu cerca de 500 pessoas. Do coordenador-geral do Programa Bombeiro Mirim do CBVJ, Brasilino Catarino, e do coordenador operacional, Odair Joni Farias, receberam exemplar do livro “Voluntários do Imprevisível”, comemorativo aos 125 dos Bombeiros Voluntários de Joinville.
Embora a realidade, tanto em tamanho de estrutura quanto número de crianças e adolescentes atendidos, seja bastante diferente, Luciana diz que o modelo das ações pode ser adaptado. “Viemos sentir a realidade de Joinville porque estamos em período de planejamento e buscamos melhoria contínua.”
A assistente social gostou do modelo de gestão que concebe o Bombeiro Mirim como programa e, no seu “guarda-chuva”, diversos projetos – método implantado na corporação de Joinville em 2008. “Esta é uma das questões que estamos avaliando. É uma forma bem interessante de se trabalhar porque o programa é permanente e permite incluir projetos com prazos e temáticas diferentes,” disse.
A corporação do Oeste do Estado iniciou a formação de futuros bombeiros, em 2001, por meio do projeto Jovem Aprendiz Bombeiro (Jabom) e, em 2009, houve reformulação da nomenclatura para Bombeiro Mirim. Tem capacidade para atender 75 jovens por um período de dois anos, dos 12 aos 14 anos. Em 2018 formou 28 mirins e abriu 50 vagas para o ano letivo de 2019. Já o programa dos bombeiros voluntários de Joinville atende 350 crianças e adolescentes, dos 10 aos 17 anos. Para 2019 oferece 80 vagas para turmas dos 10 aos 15 anos – há 504 inscritos para o teste seletivo que será realizado dia 8 de dezembro.
Formação de bombeiro
A estruturação dos conteúdos para instruções foi um dos aspectos que chamou a atenção do coordenador Bombeiro Mirim de Caçador, Evandro Soares. O modelo joinvilense tem aulas teóricas e práticas, classificando o tipo de conteúdo e complexidade de acordo com cada faixa etária. Todas as instruções são feitas por bombeiros voluntários operacionais. Em 2019, por exemplo, os líderes das turmas receberão o conteúdo programático do ano letivo no início das atividades.
O Yakisoba do Bombeiro Mirim, evento criado há dez anos para captação de recursos para o custeio do programa, também despertou o interesse do coordenador operacional Soares. “São modelos que mostram bons resultados. É possível adaptar para a nossa realidade”, disse.