Ao final de 365 dias de 2023, os Bombeiros Voluntários de Joinville (CBVJ) somaram 205,1 mil horas de serviços gratuitos para a comunidade nas escalas operacionais. Em média, 428 bombeiros voluntários, socorristas e motoristas estiveram a postos, como há 131 anos, para auxiliar em chamados para combate a incêndios, atendimento pré-hospitalar ou prestar socorro em caso de fenômenos climáticos, além de resgate e contenção de animais silvestres ou domésticos.
Junto, os mais de 400 bombeiros voluntários somaram 205,1 mil horas de serviços gratuitos em 2023
O surpreendente é que no horário da noite, fins de semana e feriados são os períodos de maior participação dos voluntários nas escalas da corporação. A maioria são homens – 452 inscritos no ano passado -, contra 152 mulheres. Eles têm, em média, 35 anos de idade.
Mas, quem são estes rostos anônimos que depois de passar por um exaustivo curso de formação e estágios, deixam o conforto das suas casas e convivência com a família para, no mínimo 24 horas por mês, atender a comunidade? São homens e mulheres das mais diferentes profissões, idade e que se voluntariam em uma das nove bases operacionais dos Bombeiros Voluntários de Joinville.
Uma dessas voluntárias é Tifany Negherbon, de apenas 24 anos, estudante universitária. Há um ano ela atua como socorrista porque sentiu o desejo de fazer diferença na vida das pessoas. Como ela, Gustavo Victor da Silva, Carla Cristina Telles, Bruno Alan Ribeiro Simões e Júlia Graziela de Souza são exemplos entre os heróis anônimos. Leia sobre eles:
- Tifany Negherbon, 24 anos, estudante, há um ano na escala como socorrista.
O que a levou a ser bombeira voluntária? “Optei por realizar o curso de socorrista por causa do meu desejo em prestar auxílio em situações de emergência e para fazer a diferença na vida das pessoas. Além disso, como estudante do curso de medicina, essa experiência complementa minha formação acadêmica e oferece a oportunidade de aplicar meus conhecimentos adquiridos na prática, proporcionando um entendimento mais amplo da medicina em situações de urgência e emergência.”
Quais atividades da rotina deixa de lado para se dedicar ao CBVJ? “Para me dedicar aos plantões, costumo abrir mão de alguns compromissos sociais e familiares. Também preciso ajustar minha rotina para estar disponível durante alguns fins de semana no mês. A prioridade é estar pronta para ajudar sempre que necessário.”
- Gustavo Victor da Silva, 22 anos, estoquista, há nove meses na escala operacional.
O que o levou a ser bombeiro voluntário? “Sonho de criança. Quando vemos um veículo de emergência passando a caminho de alguma ocorrência, surge aquele interesse de saber como é estar dentro. Além da vontade de ser útil de alguma forma para a sociedade.”
Quais atividades da rotina deixa de lado para se dedicar ao CBVJ? “Tento ao máximo encaixar minha rotina e a de bombeiro voluntário, por isso muitas vezes estou estudando e fazendo trabalho para a faculdade durante os plantões.”
- Carla Cristina Telles, 42 anos, formada em magistério e artesão, na escala há cinco anos entre a Central de Emergência 193 e operacional da Unidade 10 – Aventureiro.
O que a levou a ser bombeira voluntária? “Considero a Unidade 10 – Aventureiro a minha segunda casa. O principal motivo que me levou a ser uma bombeira voluntária é o amor ao próximo, ajudar num momento difícil e mostrar aos outros que com coragem e determinação a gente pode ser o que quer. Ser bombeira é um amor infinito.”
Quais atividades da rotina deixa de lado para se dedicar ao CBVJ? “Na minha rotina diária realizo as atividades com planejamento, onde consigo conciliar minha vida particular com o voluntariado. Nesse planejamento, incluo os meus horários de plantões.”
- Bruno Alan Ribeiro Simões, 28 anos, produtor geral de bandas e eventos, está há um ano nas escalas operacionais do CBVJ.
O que o levou a ser bombeiro voluntário? “Amor em ajudar o próximo.”
Quais atividades da rotina deixa de lado para se dedicar ao CBVJ? “Trabalho em Balneário Camboriú e para fazer o plantão, percorro 70 km na BR-101. Às vezes, deixo de lado até mesmo o trabalho e o tempo com a família.”
- Júlia Graziela de Souza, 40 anos, técnica em enfermagem, atua há cinco anos nos Bombeiros Voluntários de Joinville.
O que a levou a ser bombeira voluntária? “Sonho de infância. Repito sempre: fazer o bem sem olhar a quem. Tenho toda certeza da escolha que fiz e tenho muito orgulho de estar nessa corporação.”
Quais atividades da rotina deixa de lado para se dedicar ao CBVJ? “Eu trabalho de segunda à sexta-feira no Hemosc. Às terças, por exemplo, saio do trabalho às 18h e vou direto para Unidade 03 – Itaum fazer meu plantão. Saio de lá e sigo novamente para o Hemosc.”